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Luz-Cor
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Luz-Cor e fenómenos ópticos
1. teoria da cor
Não há cor sem luz. Daí que Leonardo da Vinci, no seu livro Trattato della Pittura (e.p. 1792)
refira que não é nos objetos que devemos procurar as cores, mas da luz que sobre eles incide.
Esta é a perspetiva da Luz-Cor, que Isaac Newton conseguiu descodificar
através de um prisma de vidro: fazendo incidir sobre ele uma luz branca, tal como é a luz do sol,
descobriu que ela se decompõe nas sete cores do arco-íris.
Compreende-se, assim, que o arco-íris é um fenómeno que ocorre quando a luz solar atravessa
as gotículas suspensas nos dias em que chove e ao mesmo tempo faz sol.
Em condições normais, se sujeitarmos o Disco de Newton (o disco das sete cores do arco-íris)
a um movimento de rotação acelerado, teoricamente a cor obtida será o branco.
Aplicação interativa do e-Manual Premium
À Descoberta do Planeta Azul
PORTO EDITORA
2. as cores do mundo
Para completar a noção que temos sobre a origem das diferentes cores do objetos,
é importante identificar o fenómeno da Citoquímica: por processos químicos, intervindo sobre
as características moleculares da matéria, é possível criar novas cores, as cores-pigmento.
É com as cores-pigmento (tintas) que o Homem completa o ciclo cromático da Natureza.
TEORIA DA COR |
Tatiane Gaião
Motion graphic sobre Teoria da Cor desenvolvido como trabalho de conclusão do curso Design Gráfico
na Universidade Estadual de Londrina (Paraná, Brasil).
Publicado a 03/12/2012
3. a Luz
ONDAS DE LUZ E A SUA PROPAGAÇÃO
A luz é uma onda eletromagnética, que pode ser visível ou não visível.
A óptica é o ramo da Física que estuda a luz.
MATERIAIS TRANSPARENTES, TRANSLÚCIDOS E OPACOS
Os materiais transparentes são materiais que deixam passar praticamente toda a luz visível
que neles incide. Exemplos: o vidro, a água e o ar.
Os materiais translúcidos são aqueles que deixam passar parcialmente a luz visível
que neles incide. Exemplos: o vidro fosco e folha de papel vegetal.
Os materiais opacos não deixam passar a luz visível que neles incide.
Exemplos: a madeira, o granito e os metais.
PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ
A luz propaga-se em linha reta.
A direção e o sentido de propagação da luz podem ser representados por um raio luminoso.
ONDAS ELETROMAGNÉTICAS E ESPETRO ELETROMAGNÉTICO
A velocidade de propagação da luz depende do meio material: ar, água, vácuo, etc.
ESPETRO ELETROMAGNÉTICO: LUZ VISÍVEL E LUZ NÃO VISÍVEL
O conjunto de todas as ondas eletromagnéticas de diferentes frequências designa-se por
espetro eletromagnético. As diferentes radiações do espetro eletromagnético são, por ordem
crescente de frequência: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, visível, ultravioleta,
raios X e raios gama.
O ser humano só é sensível a ondas eletromagnéticas de certas frequências,
isto é: só é sensível à luz visível.
REFLEXÃO DA LUZ
Quando a luz encontra obstáculos à sua propagação, alguns fenómenos podem ser observados
como, por exemplo, reflexão, refração e absorção.
Os fenómenos de reflexão, refração e absorção da luz podem ocorrer simultaneamente.
4. Prismologia (dispersão da Luz)
Sobrepõe o rato nas imagens e vê a reação das cores como se estivessem sob o efeito de um prisma.
Nota que com as mudanças de tamanho das linhas o número de cores que vês aumenta,
o que quer dizer que uma maior convergência das linhas resulta num maior número de cores
sob o efeito prismático (na verdade, é possível obter o espetro da luz visível a partir da luz do Sol
que chega à superfície da Terra utilizando um prisma óptico).
Passa o rato sobre as duas imagens à esquerda para ver o efeito do prisma de Newton
Isaac Newton tornou-se famoso por ter descoberto o espetro de cor usando
um prisma para separar a luz. Os exemplos escolhidos representam duas simulações
de imagens «prismadas» segundo o método de Newton.
Nesta experiência é possível determinar como reagem as cores primárias
sob o efeito de um prisma: no fundo branco o efeito é Subtrativo (cores-pigmento)
e no fundo preto é Aditivo (cores-luz).
Naturalmente, convém saber em que consistem os sistemas Aditivo e Subtrativo de cor.
5. Cor-Luz: sistema aditivo das cores
O Sistema Aditivo das Cores resulta da reflexão da luz e é composto pelo azul+vermelho+verde,
de que se obtém a luz-cor branca. É ela que nos ilumina de dia (o sol) e de noite (as luzes artificiais).
Entretanto, olhando fixamente para uma luz intensa, tem-se grandes possibilidades de a absorver
e refletir completamente e qualquer objeto fixado logo a seguir nos parecerá branco
ainda que não o seja realmente.
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RGB SISTEMA ADITIVO
Vermelho (Red) Verde (Green) Azul (Blue)
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6. Cor pigmento: sistema subtrativo das cores
O Sistema Subtrativo das Cores está associado às cores-pigmento.
Com tintas industriais, podemos experimentar obter a Rosa das Cores
(numa associação entre Cores Primárias e Cores Secundárias)
e o Círculo Cromático Harmónico
(numa associação entre Cores Primárias, Cores Secundárias e Cores Terciárias).
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CMYK SISTEMA SUBTRATIVO
Ciano (Cyan) Magenta (Magenta) Amarelo (Yellow) Preto (Key: chave, cor base) |
7. Rosa das cores
Podemos fazer a simulação destas diferentes intensidades de luz
usando cores fabricadas quimicamente: os pigmentos.
Neste caso, a mistura do azul ciano+magenta+amarelo resulta no preto
(na verdade, esta é uma situação de total absorção da luz, o que não é um fenómeno habitual).
O mais comum é misturarmos essas três cores e conseguirmos uma cinza-cor
(magenta acinzentado, amarelo acinzentado, etc. conforme as quantidades de cor forem
mais magenta, mais amarelo...).
Fazendo a mistura destas três cores primárias por partes (amarelo+magenta ou amarelo+ciano...)
obtemos as cores secundárias que completam a rosa das cores).
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Cores Primárias | Cores Secundárias | ||
8. Cores Complementares
São complementares entre si as cores que ficam diametralmente opostas na Rosa das Cores,
e da mistura de duas cores complementares resulta sempre uma cinza-cor,
ou seja: uma situação de Acromatismo.
Assim, o magenta é complementar do verde e vice-versa, o azul é complementar do laranja
e vice-versa, o amarelo é complementar do violeta e vice-versa.
9. Acromatismo
Ausência de cor.
Deduzido do Prisma de Newton, o Preto e o Branco (e toda a gama de Cinzentos obtidos
da sua mistura) não são considerados cores, porque representam duas situações extremas
de luz: excesso de luz no caso do Branco e falta de luz no caso do Preto.
Assim, a estas ausências de cor chama-se Acromatismo.
10. gradações de cor
Se pretendes fazer uma gradação escolhe primeiro duas cores.
Pinta numa ponta do papel uma faixa com uma cor e na outra ponta uma faixa igual
com a outra cor.
Começa agora por misturar, aos poucos, uma cor na outra, e pinta outra faixa de cor
junto de uma das faixas já pintadas.
Continua a juntar as cores a pouco e pouco e a pintar novas faixas juntas...
Se fizeres a experiência com uma única cor mais o branco ou preto, podes dizer que ficaste com
diferentes matizes da mesma cor ou, então, com diferentes valores lumínicos (intensidade de luz)
da mesma cor.
O resultado deve ser mais ou menos este.
11. cor, forma e movimento
Às diferentes dinâmicas da cor (dimensão, peso, temperatura, significado) podemos associar
uma característica física que relaciona a forma com o movimento: a cor move-se?
1. DISCOS DE MAXWELL
James Clerk MAXWELL (1831-1879) foi um célebre físico e matemático britânico, inventor de
um círculo dividido em quatro partes, pintadas alternadamente com duas cores complementares.
Sujeito a um movimento de rotação, as duas cores misturam-se virtualmente, confundindo-se
com um cinzento (da mistura de duas cores complementares resulta sempre uma cinza-cor).
2. ILUSÕES DE ÓPTICA
Repara como, na imagem acima, as repetições de certas cores e certas formas proporcionam
uma sensação de movimento. Trata-se, obviamente, de uma ilusão de óptica.
Outras ilusões, para além do movimento podem fazer-nos refletir sobre o peso e a dimensão
das cores, conforme a imagem abaixo.
Qual é o círculo maior?
Na verdade, os dois círculos são iguais...
Estes fenómenos (movimento, peso, dimensão) podem introduzir-nos no tema
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